Quando falamos de perda (de alguém, de alguma coisa, de um sonho…), podemos falar em transformação. O luto pode ser um processo e uma oportunidade de transformação.
O luto define-se como um processo, uma travessia, um percurso, e não um estado. É vivenciado por cada pessoa de uma forma diferente e influenciado pela cultura, o meio em que se está inserido e o próprio contexto da perda.
O luto pode trazer maturidade e crescimento pessoal. Tanto a alegria das conquistas e criações como a dor do luto fazem parte da vida. Quando se perde alguém ou algo significativo, há também a sensação de perda de uma parte de nós. Este “espaço” interior perdido pode permanecer vazio, ou dar oportunidade a novos significados, ao desenvolvimento pessoal, a transformações. Sempre que se passa por um processo de luto algo se transforma. Não se fica igual depois de uma perda. Há sempre diferença, há transformação.
A verdade da lei de Lavoisier é também a verdade num processo de luto. O que se perde não desaparece, permanece na memória e o processo de luto traz transformação. Desenvolvem-se novas competências, aprende-se a processar a dor, reaprende-se a viver e a estabelecer novas relações.
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